Mário Macilau

Água

Camões – Centro Cultural Português | Maputo

Introdução

Exposição individual de Mário Macilau, renomado fotógrafo moçambicano, vencedor de vários prémios e com uma vasta carreira internacional, descobriu a paixão pela fotografia aos 15 anos, tendo já apresentado o seu trabalho em países como a Malásia, China, Bangladesh, Portugal, Espanha, Bélgica, Bulgária, Itália, Zimbabwe, África de Sul, Austrália, Alemanha, Suíça e Suécia.

 

Conceito

O projeto desta exposição enfatiza a importância da água e o acesso à mesma. Num período pandémico que atravessamos, mais do que nunca a água é essencial ao saneamento e higiene comunitários. Mário Macilau apresenta uma série de fotografias dedicada a alterações climáticas e a questões relacionadas com a temática da água como bem fundamental de vida para a Humanidade. A série apresentada nesta exposição foi registada durante os últimos 3 anos, em Moçambique, maioritariamente na província do Niassa, distrito de Cuamba, no âmbito de um projeto desenvolvido com comunidades locais apoiadas pela WaterAid Moçambique, uma organização não governamental baseada no Reino Unido, que dedica a sua atuação a nível mundial na área da Água, Saneamento e Higiene.

O projeto da exposição “Água” contou com a especial participação do renomado historiador e escritor João Paulo Borges Coelho, que publicou anteriormente um livro com o mesmo título e apresenta de forma inédita nesta mostra uma reflexão poética sobre a série de fotografias cujo tema admite despertar um peculiar interesse.

 

Obras

Impressão em jato de tinta s/ papel Hahnemule cotton smooth, 300gr.

Estudantes, 13, 10 e 14 anos, carregando baldes de água em Mococorene, Matibane, Mossuril, Moçambique. Julho, 2016. 133 x 200 cm

Cobertores que arejam numa corda da roupa sobreposta na paisagem. Os cobertores não foram lavados porque a fonte de água mais próxima é a 15-20 km nas montanhas, Nanhoco, distrito de Cuamba, província do Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 133 x 200 cm

Um campo vazio atingido por fortes chuvas no início da estação chuvosa no distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 100 x 150 cm

Um tronco de árvore seco na área não produtiva nos arredores da vila de Muassi, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 100 x 150 cm

Paisagem coberta com água, primeiro dia da estação das chuvas no distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 100 x 150 cm

O sopé das montanhas Gurué no início da estação chuvosa no distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 100 x 150 cm

Albertina, de 10 anos, retira água de um buraco cavado à mão no leito seco do rio Lúrio, vila M'mele, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 60 x 90 cm

Suzana Tomola, 67 anos, é a principal cuidadora do seu marido de 80 anos que tem demência e do neto de 14 anos de idade, Rogério. Vila de M'mele, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 60 x 90 cm

João Magaissa, agricultor de 70 anos, sobrepôs-se à imagem de uma poça de água turva formada após o primeiro dia da estação chuvosa na vila de M'mele, distrito de Cuamba, província do Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 60 x 90 cm

Roupa a ser lavada no rio em Matibane, Mossuril, Moçambique. Julho, 2016. 40 x 60 cm

Eudicia, 12 anos, refletida no poço de água cavado à mão no leito seco do rio Lúrio, na vila de Muassi, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 80 x 120 cm

Estudantes de 8 e 9 anos a tomar banho no rio em Chicoma, Matibane, Mossuril, Moçambique. Julho, 2017. 80 x 120 cm

Um balde no rio Lúrio depois das chuvas. Quando a estação chuvosa chega, o rio torna-se inutilizável como fonte de água potável para a população local, pois toda a sujidade e excremento circundante é lavada. Aldeia Muassi, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 80 x 120 cm

Um tronco de árvore desidratado entre mato seco e não cuidado na aldeia Muassi. A terra nesta parte da vila é muito rochosa para ser cultivada produtivamente, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 80 x 120 cm

Angelina Bonifácio, 18 anos, com sua filha Irene em Sosina Masel, no sopé das montanhas Gurué, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 80 x 120 cm

As amigas Josefina e Eudicia, ambas com 12 anos, faltam à escola até 4 vezes por semana porque precisam coletar água do leito seco do rio na vila de Muassi, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique. Novembro, 2017. 80 x 120 cm

s/ título. Maputo, 2019. 40 x 60 cm

s/ título. Maputo, 2019. 40 x 60 cm

s/ título. Maputo, 2016. 60 x 90 cm

Victor Rashid, 71 anos, fazendeiro, toma uma bebida na vila de Senhote, Nampula, Moçambique. Agosto de 2017. 60 x 90 cm

Dunas de água, distrito de Cuamba, província de Niassa, Moçambique.2017. 60 x 90 cm

 

Informação

“Água”, um projeto do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, contou com o patrocínio da WaterAid Moçambique e com o apoio da Art Dispersion (Portugal) e esteve patente em Maputo desde de 13 de agosto até 2 de outubro no Camões – Centro Cultural Português em Maputo.